pacify her - 6 - origem

"You don't love her/
Você não a ama"

O toque de um celular distraiu o silêncio entre os dois e a confusão em suas mentes, e logo o clima foi cortado quando Peter tirou o celular do bolso para atender. Ele se afastou dela e ouviu tudo com clareza, concordando em algumas partes, e reclamando em outras, e finalmente o aparelho foi guardado novamente. 

— Eu sinto muito! — Ele disse antes de dar um beijo na bochecha da garota e partir com as mãos nos bolsos da jaqueta e um expressão triste. 

E Natasha ficou parada observando o garoto sumir em meio à pessoas e carros, e só então voltou a traçar seu destino mentalmente e andar até seu destino. Tudo aquilo pareceu ter saído da sua imaginação, e da mesma forma que ela queria respostas para o que estava sentindo e para o que estava acontecendo, ela queria deixar tudo quieto e voltar para a sua vida de antes. 

Ainda bem que no final ela não escolhe a segunda opção. 

O fato é simples, nada acontece por acaso, e foi nisso que Peter estava pensando quando entrou batendo a porta de casa e deu de cara com seu pai na sala de jantar. 

— Você aceitou essa proposta! — Ele disse ferozmente encarando o filho segurando um burbon (procurar) — Poderia ser pelo menos responsável e arcar com sua tarefa? É o que tem tão de errado com Emma? Ela tem de tudo, dinheiro, corpo. E principalmente por que ela segue com a porcaria do acordo!!

O garoto suspirou massageando as temporãs. Ele queria falar tudo e simplesmente sair não ligando para nada, mas sabia que aquilo iria piorar tudo, então tentou se acalmar e encarou Ricardo, uma figura conhecida mais como seu pai. 

— Primeiramente que corpo e dinheiro não é tudo! E outra, as coisas mudaram, e você não a conhece , ela..

— Claro que eu conheço ela, Peter! Não seja ingênuo — Ricardo o interrompeu bruscamente — Vocês se conheciam de pequenos, eu era bem amigo da mãe dela, não se lembra que ela vinha brincar com você aqui em casa? O fato é que nos mudamos e você voltou a revê-lá só faz duas semanas! Não sei se você sabe mas pessoas mudam da infância para a adolescência. 

— Mas ela é diferente! 

— Não me encha com frase clichê! 

Um silencio pairou a sala e o olhar de fúria dos dois lados se acalmaram, e qualquer pessoa que estava vendo a cena pode perceber algumas características marcantes e parecidas nos dois fisicamente, olhos, nariz e formato do olho são exemplos. Na atitude também diria que são parecidos. Ideais diferentes, mas a atitude. 

— Olha, garoto! Não espero que você case com aquela riquinha, mas espero que você continue com a sua palavra, afinal a empresa precisa disso, nós precisamos disso. Depois você namora quem você quiser!

Peter concordou distante. O seu pai estava certo, e apesar de tudo aquilo parecer muito errado quando você promete alguma coisa você cumpre, mas como diz um ditado, falar não é a mesma coisa que fazer. 

— Agora é melhor você ir se ajeitar, a sua garota está vindo jantar com a gente hoje — disse seu pai com um sorriso. 

Mas quem ele considerava como sua garota estava sentada no sofá de sua própria casa com um balde de pipoca assistindo um filme qualquer de ação que passava na televisão. E no final ela não era sua por causa do maldito acordo.

 

— Então vai ficar aí me olhando com uma cara de desprezo? — disse a loira em sussurro — achei que tínhamos nos aproximado! — pronunciou manhosa se agarrando no pescoço do garoto e lhe roubou um selinho. 

Ele coçou a nuca logo após que ela o soltou e foi cumprimentar o seu pai, então uma figura conhecida chegou até a porta. 

— Desculpe, Emma quis vir correndo para te receber antes de nós! — disse Miranda, mãe de Emma, com um sorriso, localizado estrategicamente ao lado do seu marido, Cézar. 

Apertos de mão para cá e para lá, então todos foram jogando conversa fora e rindo até chegar na sala de jantar.

— O jantar vai demorar muito para ficar pronto? — perguntou Emma interrompendo qualquer assunto a qual eles estivessem conversando. 

— Questão de quarenta minutos— Ricardo respondeu com um sorriso e logo voltou para a sua conversa de antes. 

A loira se virou para o moreno indicando com a cabeça para eles subirem até o seu quarto e ele respondeu com apenas um aceno. O quarto era de tamanho médio, com uma cama de casal e uma decoração simples. 

— Estava pensando, e eu realmente gosto de você, no começo agíamos mais como um casal até você parecer tão distante, poderíamos voltar para o que éramos ao início, ou até algo mais que aquilo! — ela disse vendo com cuidado os itens pessoais do garoto que estavam em cima do balcão — O que você você acha? 

— Pode ser — Ele deu de ombros com a sua cabeça ainda nas nuvens, mas ele aceitou a proposta porque achava que ele e Natasha não conseguiriam ficar juntos nesse meio tempo, e como o pai relembrava diversas vezes, ele havia concordado com aquilo no começo, mas o que ele estava concordando agora foi no automático. Talvez pensando em uma futura vingança pelo tempo que ela o fez perder, 



Os dois desceram um pouco mais de meia-hora depois. Ela já sem batom. E um barulho  veio da porta, o que lhe fez soltar a mão da loira e se direcionar até onde o barulho estava vindo, e logo uma figura feminina abriu a porta com algumas malas ao seu redor. 

— Mãe! — disse em sussurro correndo para os braços da matriarca. 

Alexandra era fotógrafa, uma das mais cobiçadas, e na época que era para se mudarem ela ainda tinha muito trabalho a qual não poderia cancelar, da mesma forma que a viajem não poderia ser canelada, então durante esses dois meses e algumas semanas passou a morar com a sua filha mais velha que já morava sozinha em um apartamento e fazia faculdade, mas vivia viajando e trabalhando para poder adiantar o máximo que pudesse. 

— Sentiu saudades? — Ela perguntou ainda abraçada ao filho. 

— O que você acha? — Peter respondeu com um sorriso mas logo sussurrou em seu ouvido — Temos visitas, te explico tudo depois.

Ela concordou e logo pediu ajuda para levar as malas, então a figura loira apareceu na sua frente com um sorriso reluzente que parecia ter saído de uma revista. 

— É um prazer em te conhecer! Você deve ser a mãe do Peter, eu sou Emma, a namorada dele! 

Devemos ressaltar que por dentro Alexandra estava confusa pelo fato do filho nunca ter comentado sobre a garota, mas abriu um sorriso, mas eu lhe garanto que ela não vai gostar nada da história por trás do falso namoro.
Enviado do meu iPad

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